Países desenvolvidos VS Portugal III

Mais um fim-de-semana desportivo, mais uns comentários à jornada.... Não estou a falar de futebol pois isso é um mundo completamente diferente, mas sim de hóquei e mais precisamente do praticado no Pavilhão nº 1 do Estádio Universitário de Coimbra.

Se na semana passada critiquei, hoje venho dar um apreço aos senhores do apito, pois ainda há alguns que sabem ser honestos.
No primeiro jogo, de infantis, equipa que treino, apesar da vitória fácil por 17-4, houve um incidente, com um atleta adversário que agrediu um dos locais. Perante isto, o árbitro chama o jovem e passado uns 2 minutos de conversa apenas decide admoestá-lo com um cartão azul (suspensão de 2 minutos). Achei estranha esta decisão pois se viu para lhe dar o azul, saberia perfeitamente que seria um vermelho directo!
O hoje prossegiu sem outros incidentes. No final do jogo o árbitro pede para falar comigo e justifica a mostragem do azul em detrimento do vermelho, pois achou que ainda são muito novos para a gravidade de um vermelho, etc, o seu didatismo foi correcto e achei normal.
Mas numa realidade paralela, se esse rapaz tivesse sido expulso, não teria jogado no domingo pelos iniciados e não teria contribuido com 5, dos 6 golos da sua equipa, na vitória dos forasteiros perante os locais por 3-6.
Continuando...
Um pouco depois entrei em acção enquanto jogador, e num jogo muito bem disputado, principalmente na primeira parte, faço, aos olhos do árbitro, um penalty por jogar com o stick alto dentro da área. Se o árbitro concidera penalty, tratando-se de uma falta técnica (é ao que se chama uma falta sem contacto com adversários), são há motivos para a mostragem de qualquer cartão, mas o senhor do apito decide mostrar-me o azul, mesmo eu reclamando ser uma falta técnica. O que está marcado, está, e não se pode voltar atrás! Mas com a maior das calmas peço-lhe apenas para me justicar o cartão, ao que repsonde:
- "Fale comigo no fim."
Chega o fim do jogo, com a vitória a sorrir aos locais, e nos 2 minutos que jogámos com menos 1 não sofremos golos, mas isso poderia ter sido completamente diferente, pois se os da Ilha da Madeira tivessem chegado ao golo, poderia ter sido bastante perigoso, ou se o jogo tivesse empatado, esse erro do árbitro poderia ter sido pior do que realmente acabou por ser!
Mas lá fui eu perguntar o motivo da exclusão, ao que me responde:
- "Nós às vezes também nos enganamos!"
E pronto a honestidade deixou-me mais tranquilo, pois a vitória tinha sido assegurada, mas se o resultado tivesse sido outro, não serviria de nada a sua justificação. Mas pelo menos deixa uma janela aberta para um futuro que cheguei a pensar estar perdido de pessoas qeu fazem o que fazem por gosto!!!

2 comentários:

  1. Obviamente que a sua justificação não serviria de nada, em caso de resultado diferente... Assim como a justificação de um jogador que falha um golo (que também é um "engano") e a equipa perde por 1, não serve de nada no fim do jogo... ;p
    Mas ainda bem que há pessoas honestas. Ao menos admitiu que errou. Pior era se quisesse armar-se em orgulhoso e começar a inventar desculpas, ou pior ainda, se tivesse feito de propósito e desse uma justificação autoritária qualquer do género "eu é que sei, eu é que mando" (ou se nem sequer dissesse nada).
    Parabéns pela vitória.

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