Atenas

Só estive um dia em Atenas, mas consegui ver tudo o que queria. AO chegar ao aeroporto deixei a mala guardada para não ter de andar carregado durante o dia, assim por 7€ ficaram com a mala bem guardada, fica localizado no final do terminal das chegadas, têm de andar um pouco. Do aeroporto para Atenas apanhei o autocarro X95, pois àquela hora (passava das 2h da manhã) já não havia metro.

Depois de não conseguir dormir nada no hostel, comecei na zona da praça Santayam e vi os soldados à frente do parlamento a fazerem as conhecidas passadas nos seus postos. Segui pelo jardim nacional até ao Templo de Zeus, aí comprei o bilhete para as restantes atrações, por 30€ bilhete normal, mas compensa, como estudante não paguei nada, e os estudantes de fora da União Europeia pagam metade.

Seguimos para a Acrópole, Monumento Filopapo, Ágora de Atenas, Templo Hefesto, Pompeion, Fórum Romano e Biblioteca de Adriano.

Na zona da restauração (entre o Fórum Romano e o Pompeion) atenção aos muitos africanos que tentam impor umas pulseiras, e dizem que são da amizade, do amor, e do “peace and love”, dizem que são gratuitas, mas depois pedem dinheiro e se não derem nada acabam por vos tirar as mesmas. Optem por nem dar conversa e a coisa fica por ali, sejam firmes pois eles são mesmo chatos.

Fora do roteiro que está inserido nos 30€ fomos ainda ao Museu Nacional Arqueológico, que custa 10€, de borla para estudantes e 50% para estudantes fora da EU. Têm pedaços de história fantásticos, percam tempo a absorver toda aquela história e culturas com vários milénios de idade.

Para finalizar a rota subimos ao monte Lycabettus com uma vista fantástica para a Acrópole e toda a cidade de um modo geral. A subida foi uma aventura no meio da mata a fazer corta mato, mas valeu a pena. Há um funicular que é subterrâneo e não se tem vista de nada, daí termos optado por ir a pé, o mesmo na descida. O funicular custa 7,5€ ida e volta, mas tem meio bilhete de apenas subir ou descer.

Às 17h apanhei o metro da linha azul (M3) até ao aeroporto.

Mais uma vez não aconselho esta viagem a famílias com crianças, Atenas é uma cidade com muitos altos e baixos, normalmente com muitas escadas.

Santorini

Santorini é uma ilha bem simpática, mas muito fácil de visitar, principalmente se tiverem sorte com a meteorologia. À boa medida grega as pessoas são normalmente simpáticas e prestáveis, mesmo não sendo o inglês o forte da maioria, tentam sempre ser prestáveis.

Compras

Nesta ilha do mar Egeu não há grande imposição de produtos, normalmente há pessoas nas entradas das lojas, mas apenas como cortesia, não tentando impingir produtos ao transeunte. Para a maioria das compras do dia-a-dia há bastantes minimercados, o suficiente para comprar umas cervejas, protector solar, etc. E por falar em protector solar, é muito importante não esquece de aplicar várias vezes, pois o sol, ou mesmo estando encoberto, queima bastante. A maioria dos produtos têm um preço muito acessível para a mádia europeia, águas de 0,5l são 50 cêntimos.

Cerveja

Santorini oferece uma grande diversidade de cervejas, em que duas delas são locais. A “Donkey” que tem a fábrica entre o aeroporto e Fira, e a “Volcan” que ainda é fabricada na Grécia continental, mas que têm planos para em 2020 já ter a sua produção local. Ambas as marcas têm várias variedades de cerveja, em que gostei de todas as que experimentei, menos as opções de cerveja preta simplesmente porque não gosto. De resto, têm outras opções gregas, como a Alfa, Fix e Mythos, e outras marcas europeias como Heineken e Amstel.

Os preços variam muito, principalmente se forem compradas fora dos minimercados, podendo ir até aos 6/8€, mas nestes estabelecimentos podem ser adquiridas por pouco mais de 1€. É sempre uma boa solução comprar e ir beber para a rua. Poupa-se muito dinheiro assim.

Alimentação

A comida é típica grega e encontram-se restaurantes fantásticos com um preço muito aceitável, mas mesmo as barraquinhas têm soluções muito boas. Também se encontram umas soluções, “menos locais” como McDonalds, Mexicano, Chinês, entre outros.

Tentei experimentar sempre coisas novas, mas preparem-se para não comer batata ou arroz, pois o acompanhamento é sempre salada ou legumes grelhados, mas adorei essa apresentação e não senti qualquer falta desses hidratos.

Crianças

Apesar de ter visto bastantes crianças, de diferentes idades, na ilha, não recomendo a crianças que tenham pouca autonomia, pois os acessos não são fáceis, muitas, mas mesmo muitas escadas por todo o lado, o que com carrinhos ou com os pequenos ao colo não é nada fácil, para levarem crianças escolham destinos “mais amigáveis”.

Viagens

Do aeroporto para Fira recomendo optarem pelo transfer (10€) que se encontra facilmente ainda dentro do aeroporto mesmo antes de sair, os táxis cobram 25€ pelo mesmo trajecto. Gostei bastante do serviço, deixou-me mesmo à porta do meu hotel.

Para Fira não é necessário carro, ou moto 4 ou qualquer outro meio de transporte amplamente disponível um pouco por todo o lado, apenas vontade e energia para caminhar. A vila é pequena e numas horas vê-se tudo, o desafio está em descer e subir os quase 600 degraus que ligam o topo de Fira ao seu porto marítimo. Além da opção de utilizarem a vossa força, têm um funicular, não sei o preço, e umas viagens de burro (6€), são viagens interessantes, mas optei por não o fazer. Demorei 14min do porto ao topo num ritmo constante e modesto, o que custa mais é o mau cheiro deixado pelos dejectos dos referidos burros e, já agora, cuidado para não pisarem nada que não devam.

Mas para ver o resto da ilha como deve ser recomendo o aluguer de um qualquer destes meios de transporte. Eu acabei por fazer mais de 200km numa tarde e num dia. Basicamente, na tarde fui a Oia ver o famoso pôr-do-sol, e no dia seguinte Farol de Faros, praia branca e vermelha em Akrotiri e as ruínas aí localizadas, vale a pena visitar, estudantes não pagam e bilhete normal são 12€. Em relação às duas praias, recomento irem à praia vermelha de carro, e irem à branca a pé, pois tem um caminho e a volta de carro é enorme e quase aconselhável apenas na posse de um jipe. Daí fomos a Perissa e à praia preta. Fomos ainda ao ponto mais alto da ilha e às ruínas de Thira Antiga que, infelizmente estavam já fechadas ao público quando lá chegámos. Para finalizar o dia fomos ainda conhecer a zona Este da ilha. Tudo isto por 70€ de aluguer com seguro premium, e 20€ de gasolina que estava a 1.98/l de gasolina 95. Mas valeu bem a pena o investimento.

Comprei uma viagem de barco às ilhas, uma das quais o vulcão adormecido, mas aconselho a comprarem nos hotéis, têm preços muito mais interessantes e é a mesma coisa. Mas por 39€ foram buscar-me ao hotel e deixaram-me lá no final do dia. Demos uma volta na ilha do vulcão que apesar de activo está adormecido. Daí seguimos para a zona em que se pode nadar em águas aquecidas (e não quentes), mas é preciso saltar para a água menos quente e nadar uns 50/60m até lá. Duas notas, eles têm boias no barco não é preciso entrar em stress, e levem calções de banho / bikinis velhos, fiquei com os calções e toalha castanhos, mas valeu a pena. Seguimos para uma pequena ilha Tirasia com uma vista fenomenal se quiserem subir umas centenas de degraus, mas também só vale a pena pela vista, não tem nada de grande interesse lá no topo.

Hotéis

Aqui há um pouco de tudo, com preços bastante variados, com pequeno-almoço ou sem, com piscina ou sem piscinas, com vista para o pôr-do-sol ou não, uma pesquisa rápida num motor de busca permitirá escolherem o que melhor se adapta às necessidades de cada um, mas com preços que podem variar dos 50€/noite até aos >1000€/noite, principalmente na zona de Oia.

Eu fiquei num hotel modesto em Fira, que é o local que recomendo para estadia, porque se pode conhecer muito facilmente a pé sem necessidade de carro e tem uma vida mais dinâmica, quando comparado com as restantes vilas. Oia é uma vila muito cara que é conhecida pelos seus locais de vistas fantásticas na generalidade, mas principalmente para o pôr-do-sol.