Há bolhas e Bolhas!



Neste nosso Mundo que nunca pára e está sempre em alta rotação, há várias formas de uma pessoa se alienar um pouco do ambiente que o rodeia. Não quero dizer que uma pessoa se abstraia completamente da sociedade em que está inserido. Nada disso, pois uma pessoa não se pode dissociar do tudo o que o rodeia, com eleições à porta e todas as promessas e problemas que lhe são inerentes, isto seria muito grave acontecer.

É um alienar básico, vou chamar-lhe assim, e que diz respeito a uma pessoa abstrair-se apenas de uma conversa que anima o local de trabalho.

No local onde trabalho, e derivado da forma de estar de um colega, designamos de "bolha" (reparem num primeiro momento que utilizei todas as letras minúsculas). Este meu colega vive numa bolha que por vezes consegue durar o dia todo, passando então ao lado de todas as conversas que por ali pairam, mesmo quando o seu nome é invocado, nada o afecta, e por vezes isso dá azo a uma risada geral. Obviamente que este facto tem gerado muitas e boas gargalhadas e horas de gozo, pois estamos sempre a tentar rebentar-lhe a bolha, que só por vezes conseguimos ter sucesso. O motivo da sua bolha pode ser considerado válido por alguns, mas não é isso que agora interessa discutir e apresentar.



Não poucas vezes dizemos que ele vive numa bolha, para rebentar a bolha, ter cuidado ao passar junto dele para não rebentar a dita. A sua bolha é sempre acompanhada de phones que limitam a audição do ruído das conversas de fundo. É como um Mundo só seu, em que a entrada é limitada a um, e já lá estando ele, naturalmente mais ninguém lá consegue entrar, quanto muito conseguimos por vezes tirá-lo de lá!
Isto é uma ideia geral do que é uma bolha. Mas vou passar agora ao interessante. À tentativa de definição de Bolha (com maiúscula na primeira letra).

Antes de mais tenho de agradecer ao Sr. da bolha (que quis ficar anónimo por motivos de segurança) que me deu a ideia de criar este post para a Bolha.
Enquadramento da ideia - conversa sobre política no trabalho, em que os dois intervenientes dessa discussão acesa, de cores políticas distintas, se travavam de questões centrais sobre os programas de cada partido. Obviamente que, quer um quer outro, tentavam prevalecer, contudo um dos intervenientes (feminino) acabava por dar poucas hipóteses. Não que tivesse premissas mais válidas que o outro, mas sim pela sua forma de ser que não deixa as outras pessoas falar.

Tendo nós abandonado a sala deixando-os a falar um com o outro (se é que podemos dizer falar). E é nesta pausa que surge o conceito de Bolha.
Esta Bolha não é mais que uma pessoa estar na frente da outra (do sexo oposto) e abstrair-se completamente do que a outra está a dizer.



Uma espécie de mute aliado a um boneco de ventriloquismo. Todavia, não é só isto... Acompanhando este mute faz-se uso da imaginação de cada um para "introduzir" palavras na boca da outra pessoa a fim de tornar a conversa muito mais agradável.
Exemplo: Uma rapariga está à vossa frente, e o que ela tem para dizer não interessa nada.
Primeiro passo, entrar na Bolha;
Segundo passo, confirmar que o mute está activo;
Terceiro passo, usar imaginação...



Vou agora dar algumas ideias para a referida introdução de palavras.
"Comia-te todo" ; "Quero que me comas toda por trás" ; "Eu; Tu; Piça; Cona; Vamos" ; "O meu corpo é todo teu para o teu lazer e recreação" ; "É no ass que tu te vais vir!"
Etc...

E assim surgiu a ideia para o que é a verdadeira Bolha!!!!

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