Ruído, In Vedeta da Bola

Era o que faltava, pretenderem que Jorge Jesus se sentisse condicionado nas suas opções por qualquer prurido consciencialista relacionado com as equipas que lutam pela manutenção.
O técnico benfiquista tem a obrigação, perante os sócios do Benfica, de fazer as escolhas que, no seu entendimento, melhor protegam os interesses do clube. Não tem de se preocupar, minimamente, com os objectivos dos seus adversários de ocasião. Nem poderia fazê-lo, sob pena de, então sim, estar a distorcer à verdade desportiva.
Quando Beto deixou entrar quatro golos ridículos num Leixões-FC Porto que lhe valeu o contrato, ninguém se preocupou com a verdade desportiva. Quando Rolando, ainda no Belenenses, fazia sistematicamente exibições miseráveis diante do FC Porto, também ninguém clamou por verdade desportiva. E já nem vou ao Apito Dourado, às escutas, e a todos os casos relacionados com arbitragem e manipulação da mesma. Verdade desportiva, ou falta dela, é pois outra coisa. Nunca apresentar uma equipa de onze profissionais que lutam pelo melhor desempenho possível, nem poupar outros profissionais para importantíssimos compromissos europeus – que, a jogarem no campeonato, o fariam seguramente com algum resguardo físico. Por alguma coisa os plantéis têm 26/27 elementos.
O Benfica pode ter de fazer (oxalá que sim) nas próximas cinco semanas e meia, mais onze partidas. Dessas, as da Liga Europa, Taça de Portugal e Taça da Liga são todos ultra-decisivas. Com o título entregue, e o segundo lugar assegurado, as quatro jornadas que faltam cumprir do campeonato não aquecem nem arrefecem, até porque, ao contrário do FC Porto, a equipa não persegue nenhum objectivo estatístico.
Espero (quase diria, exigo) de Jorge Jesus uma programação de trabalho que privilegie totalmente, sem quaisquer hesitações, as provas que ainda pode vencer. O resto é o habitual ruído do anti-benfiquismo.

posted by LF at 12.4.11

In http://vedetadabola.blogspot.com/2011/04/ruido.html

Sem comentários:

Enviar um comentário