Uma forma de desmascarar os brilhantes neo-liberais e os seus técnicos (lacaios) que recebem pensões de ouro para nos enganarem com as suas brilhantes teorias…
Fala-se que o governo pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º mês.
Se o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira.
Perguntarão porquê.
Respondo: *Porque o 13º mês não existe.*
O 13º mês é uma das mais escandalosas de todas as mentiras do sistema capitalista, e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam. Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os trabalhadores.
Suponhamos que você ganha € 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, você recebe um total de € 8.400,00 por um ano de doze meses.
€ 700*12 = € 8.400,00
Em Dezembro, o generoso patrão cristão manda então pagar-lhe o conhecido 13º mês.
€ 8.400,00 + 13º mês = € 9.100,00
€ 8.400,00 (Salário anual) + € 700,00 (13º mês) = € 9.100 (Salário anual mais o 13º mês)
O trabalhador vai para casa todo feliz com o patrão.
Agora veja bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer umas simples contas que aprendeu no 1º Ciclo:
Se o trabalhador recebe € 700,00 mês e o mês tem quatro semanas, significa que ganha por semana € 175,00.
€ 700,00 (Salário mensal) / 4 (semanas do mês) = € 175,00 (Salário semanal)
O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos € 175,00 (Salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será € 9.100,00.
€ 175,00 (Salário semanal) * 52 (número de semanas anuais) = € 9.100.00
O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º mês
Surpresa, surpresa ? Onde está portanto o 13º Mês?
A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham dado conta desse facto simples.
A resposta é que o patrão lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o patrão só paga quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.
No final do ano o generoso patrão presenteia o trabalhador com um 13º mês, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.
*Se o governo retirar o 13º mês aos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.*
Daí que, como palavra final para os trabalhadores inteligentes.
Não existe nenhum 13º mês.
O patrão apenas devolve o que sorrateiramente lhe surrupiou do salário anual.
Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.
In: http://ainanas.com/must-see/economia-must-see/o-13%C2%BA-mes-nao-existe/
Meu caro
ResponderEliminarO seu problema é o problema da maioria dos portugueses - aceitam o que ouvem ou lêem sem espirito critico.
E mais fácil se torna a aceitação de uma "verdade" como esta quando toca em algo que nos deixa revoltados - "lá estão uma vez mais a meter a mão nos desgraçados dos trabalhadores..."
Beba de alguma moderação e refaça as contas.
Por respeito à sua inteligencia não vou precisar de lhe explicar onde é que elas estão erradas.
E não se esqueça - tenha sempre algum espirito critico, mesmo quando o assunto lhe parece evidente.
Como calcula nada do que está escrito neste post foi escrito por mim, daí a fonte do texto original.
ResponderEliminarObviamente que a moderação e o espírito crítico devem estar sempre presentes, e faço-os acompanhar de um ditado, que certamente conhece:
"Não diga tudo o que sabes
Não faças tudo o que podes
Não acredite em tudo que ouves
Não gaste tudo o que tens
Porque:
Quem diz tudo o que sabe,
Quem faz tudo o que pode,
Quem acredita em tudo o que ouve,
Quem gasta tudo o que tem;
Muitas vezes diz o que não convém,
Faz o que não deve,
Julga o que não vê,
Gasta o que não pode."
Há ainda tanta variável que se pode introduzir neste cálculo superficial de salário, que nem me dei ao trabalho de o fazer. Mais, eu nem recebo 13 nem 14 meses, ganho 12 meses sem mais um tostão e já estou feliz por isso, pois nos dias que hoje correm já não é nada mau!
O post que fiz, trata-se sim de uma observação minimalista de matemática, que tal como referiu leva a que a maior parte dos leitores façam uma aceitação sem espírito crítico.
De qualquer forma agradeço o seu comentário, que não me passou ao lado.